quinta-feira, 7 de março de 2013

Autismo, vamos aprender?

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que
afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização
(estabelecer relacionamentos ) e de comportamento (responder
apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas
respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado
transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como
transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), do inglês pervasive
developmental disorder (PDD) . Entretanto, neste contexto, a tradução
correta de "pervasive" é "abrangente" ou "global", e não "penetrante" ou
"invasivo". Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro
Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o
Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. [1]
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala
intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da
linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos
e restritos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação
do autismo também são designados de espectro autista , indicando uma
gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há a
possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em
muitos casos.
Certos adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira
profissional. Porém, os problemas de comunicação e socialização causam,
frequentemente, dificuldades em muitas áreas da vida. Adultos com
autismo continuarão a precisar de encorajamento e apoio moral na sua
luta para uma vida independente. Pais de autistas devem procurar
programas para jovens adultos autistas bem antes dos seus filhos
terminarem a escola.
O autismo afeta, em média, uma em cada 110 crianças nascidas nos Estados
Unidos, segundo o CDC (sigla em inglês para Centro de Controle e
Prevenção de Doenças), do governo daquele país, com números de 2006,
divulgados em dezembro de 2009. No Brasil, porém, ainda não há
estatísticas a respeito do TEA. Em 2010, no Dia Mundial de
Conscientização do Autismo, 2 de abril, a ONU declarou que, segundo
especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de
pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se
comunicam e interagem. O aumento dos números de prevalência de
autismo levanta uma discussão importante sobre haver ou não uma epidemia
da síndrome no planeta, ainda em discussão pela comunidade científica.
No Brasil, foi realizado o primeiro estudo de epidemiologia de
autismo da América Latina, publicado em fevereiro de 2011 com
dados de 2010 --, liderado pelo psiquiatra da infância Marcos Tomanik
Mercadante (1960-2011), num projeto-piloto com amostragem na cidade
paulista de Atibaia, aferiu a prevalência de um caso de autismo
para cada 368 crianças de 7 a 12 anos. Outros estudos estão em
andamento no Brasil.
Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em
seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é
verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto
observando as outras crianças brincarem, não é porque ela
necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive
em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha dificuldade
de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa, muitos
cientistas atribuem esta dificuldade à Cegueira Mental , uma
compreensão decorrente dos estudos sobre a Teoria da Mente.
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista
geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras
(ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou
no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente estar
presente, mas como dito acima nem todos são assim. Às vezes é difícil
definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca teve
oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na
verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da
média.
A ciência, pela primeira vez falou em cura do autismo em novembro de
2010, com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo
pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia,
que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo,
que baseou-se na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior
comprometimento e com comprovada causa genética), foi coordenado
por mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto e foi
publicado na revista científica Cell.
editar  Histórico
Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo
Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic
disturbance of affective contact, na revista Nervous Child, vol. 2,
p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em
sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos
fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.
A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para
descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga
da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos
sintomas que observavam em seus pacientes.
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970,
quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês.
Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser
denominado síndrome de Asperger.
Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa
do autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira".
Nos anos 1970 essa teoria foi rejeitada e passou-se a pesquisar as
causas do autismo. Hoje, sabe-se que o autismo está ligado a causas
genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas
ambientais, a contaminação por metais pesados, como o mercúrio e o
Chumbo, têm sido apontada como forte candidatos, assim como problemas
na gestação. Outros problemas, como uso de drogas na gravidez ou
infecções nesse período, também devem ser considerados.
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas
em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o
autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que
apontam as alterações comportamentais nos primeiros anos de vida
(normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno,
mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno
orgânico. Apesar disso, intervenções intensivas e precoces são capazes
de melhorar os sintomas.
Em 18 de Dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou
todo 2 de abril como o Dia Mundial do Autismo. Em 2008 houve a
primeira comemoração da data pela ONU.
Em novembro de 2010, a ciência, falou pela primeira vez em cura do
autismo, com a publicação na revista científica Cell da
descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador
brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu
"curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que baseou-se na
Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com
comprovada causa genética).


editar] Definição
O autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos
três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na
comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
    * Definição da ASA (1978)

O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de
maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos
três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil
nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no
feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer
configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar
qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa
causar a doença.
Segundo a ASA - Autism Society of American (em português: Associação
Americana de Autismo), os sintomas são causados por disfunções físicas
do cérebro, verificados pela anamnese ou presentes no exame ou
entrevista com o indivíduo. Incluem:
1 Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas,
sociais e lingüísticas.
2 Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas
são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira
de manter o corpo.
3 Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas
do pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão
de ideias. Uso de palavras sem associação com o significado.
4 Relacionamento anormal com os objetivos, eventos e pessoas.
Respostas não apropriadas a adultos e crianças. Objetos e brinquedos não
usados de maneira devida.
    * Definição do DSM-IV-TR (2002)

O Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento
comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da
comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses.
As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível
de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo.
    * Definição da CID-10 (2000)

Autismo infantil: Transtorno global do desenvolvimento caracterizado
por:
a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de
três anos;
b) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada
um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação,
comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se
acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por
exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de
birra ou agressividade (auto-agressividade).
editar  Características do autismo
Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com autismo
usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a
seguir:
    1 Dificuldade de relacionamento com outras pessoas
    2 Riso inapropriado
    3 Pouco ou nenhum contato visual - não olha nos olhos
4 Aparente insensibilidade à dor - não responde adequadamente a uma
situação de dor
5 Preferência pela solidão; modos arredios - busca o isolamento e
não procura outras crianças
6 Rotação de objetos - brinca de forma inadequada ou bizarra com os
mais variados objetos
    7 Inapropriada fixação em objetos
8 Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade - muitos têm
problemas de sono ou excesso de passividade
9 Ausência de resposta aos métodos normais de ensino - muitos
precisam de material adaptado
    10 Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
11 Não tem real medo do perigo (consciência de situações que
envolvam perigo)
12 Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras;
colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta,
somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares)
    13 Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
    14 Recusa colo ou afagos - bebês preferem ficar no chão que no colo
    15 Age como se estivesse surdo - não responde pelo nome
16 Dificuldade em expressar necessidades - sem ou limitada linguagem
oral e/ou corporal (gestos)
    17 Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
18 Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola,
mas pode arrumar blocos
19 Desorganização sensorial - hipo ou hipersensibilidade, por
exemplo, auditiva
20 Não faz referência social - entra num lugar desconhecido sem
antes olhar para o adulto (pai/mãe) para fazer referência antes e saber
se é seguro

Observação: É relevante salientar que nem todos os indivíduos com
autismo apresentam todos estes sintomas, porém muitos dos sintomas está
presente entre os 12 e os 24 meses da criança. Eles variam de leve a
grave e em intensidade de sintoma para sintoma, pois o autismo se
manifesta de forma única em cada pessoa. Adicionalmente, as alterações
dos sintomas ocorrem em diferentes situações e são inapropriadas para
sua idade. Vale salientar também que a ocorrência desses sintomas não é
determinista no diagnóstico do autismo. Para tal, se faz necessário
acompanhamento com psicólogo, psiquiatra da infância ou neuropediatra.
 editar] Diagnóstico
Os sistemas diagnósticos (DSM-IV e CID-10) têm baseado seus critérios em
problemas apresentados em três áreas, com início antes dos três anos de
idade, que são:
a) comprometimento na interação social;
b) comprometimento na comunicação verbal e não-verbal, e no brinquedo
imaginativo;
c) comportamento e interesses restritos e repetitivos.
É relevante salientar que essas informações devem ser utilizadas apenas
como referência. Além de destacar a importância do diagnóstico precoce
"porque quanto mais cedo é identificado um transtorno, mais rápido o
curso normal do desenvolvimento pode ser retomado. Porém os resultados
dependem não somente da identificação dos atrasos e da indicação dos
tratamentos adequados e eficazes, mas da aceitação dessa condição
diferenciada pelas famílias e pelo futuro de cada um, que não dominamos
nem sabemos", como explica o psiquiatra da infância e adolescência
Walter Camargos Jr.
Recomenda-se caracterizar a queixa da família: sinais, sintomas,
comportamento, nível de desenvolvimento cognitivo e escolar do indivíduo
- quando for o caso, relacionamento inter-pessoal, investigar os
antecedentes gineco-obstétricos, história médica pregressa, história
familiar de doenças neurológicas, psiquiátricas ou genéticas, analisar
os critérios do DSM-IV-TR ou da CID-10, realizar avaliações
complementares (investigações bioquímicas, genéticas, neurológicas,
psicológicas, pedagógicas, fonoaudiológicas, fisioterápicas), pensar a
respeito do diagnóstico diferencial, investigar a presença de
comorbidades, classificar o transtorno, planejar e efetivar o
tratamento.
Muitas vezes, o autismo é confundido com outras síndromes ou com outros
transtornos globais do desenvolvimento, pelo fato de não ser
diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, por não
haver marcador biológico que o caracterize, nem necessariamente aspectos
sindrômicos morfológicos específicos; seu processo de reconhecimento é
dificultado, o que posterga a sua identificação.
Um diagnóstico preciso deve ser realizado, por um profissional
qualificado, baseado no comportamento, anamnese e observação clínica do
indivíduo.
O autismo pode ocorrer isoladamente, ser secundário ou apresentar
condições associadas, razão pela qual é extremamente importante a
identificação de comorbidades bioquímicas, genéticas, neurológicas,
psiquiátricas, entre outras.
Condições que podem estar associadas ao Autismo: Acessos de raiva,
Agitação, Agressividade, Auto-agressão, auto-lesão (bater a cabeça,
morder os dedos, as mãos ou os pulsos, Ausência de medo em resposta a
perigos reais, Catatonia, Complicações pré, peri e pós-natais,
Comportamentos autodestrutivos, Déficits de atenção, Déficits auditivos,
Déficits na percepção e controle motor, Déficits visuais, Epilepsia,
Esquizofrenia, Hidrocefalia, Hiperatividade, Impulsividade,
Irritabilidade, Macrocefalia, Microcefalia, Mutismo seletivo, Paralisia
cerebral, Respostas alteradas a estímulos sensoriais (alto limiar
doloroso, hipersensibilidade aos sons ou ao toque, reações exageradas à
luz ou a odores, fascinação com certos estímulos), Retardo mental, Temor
excessivo em resposta a objetos inofensivos, Transtornos de alimentação
(limitação a comer poucos alimentos), Transtornos de ansiedade,
Transtornos de linguagem, Transtorno de movimento estereotipado,
Transtornos de tique, Transtornos do humor/afetivos (risadinhas ou choro
imotivados, uma aparente ausência de reação emocional), Transtornos do
sono (despertares noturnos com balanço do corpo).
Síndromes Cromossômicas ou Genéticas: Acidose láctica, Albinismo
oculocutâneo, Amaurose de Leber, Desordem marfan-like, Distrofia
muscular de Duchenne, Esclerose Tuberosa, Fenilcetonúria, Galactosemia,
Hipomelanose de Ito, Histidinemia, Neurofibromatose tipo I, Seqüência
de Moebius, Síndrome de Angelman, Síndrome de Bourneville, Síndrome da
Cornélia de Lange,Síndrome de Down, Síndrome fetal alcóolica, Síndrome
de Goldenhar, Síndrome de Hurler, Síndrome de Joubert, Síndrome de
Laurence-Moon-Biedl, Síndrome de Landau-Kleffner, Síndrome de Noonan,
Síndrome de Prader-Willi, Síndrome da Talidomida, Síndrome de Tourette,
Síndrome de Sotos, Síndrome do X-frágil, Síndrome de Williams
Infecções associadas ao Autismo: Caxumba, Citomegalovírus, Herpes, Pneumoni
a, Rubéola, Sarampo, Sífilis, Toxoplasmose e Varicela.
O diagnóstico do transtorno autista é clínico e não poderá, portanto,
ser feito puramente com base em testes e ou escalas de avaliação.
Avaliações de ordem psicológica, fonoaudiológica e pedagógica são
importantes para uma avaliação global do indivíduo.
Recomenda-se utilizar um instrumento de avaliação adicional para
identificar a presença de Retardo Mental (RM). Na maioria dos casos de
autismo (70% a 85%), existe um diagnóstico associado de RM que pode
variar de leve a profundo.
A incidência de epilepsia nos indivíduos com autismo varia de 11% a 42%.
Convulsões podem desenvolver-se, particularmente, na adolescência.
editar] Exames
O diagnóstico do autismo é feito clinicamente, mas pode ser necessário a
realização de exames auditivos com a finalidade de um diagnóstico
diferencial.
Outros exames devem ser considerados não para diagnóstico, mas com a
finalidade de se realizar um bom tratamento. São eles: ácidos orgânicos,
alergias alimentares, metais no cabelo, perfil ION, imunodeficiências,
entre outros.
 editar] Tratamentos do Autismo
O tratamento do autismo vai depender da gravidade do déficit social, de
linguagem e comportamental que o indivíduo se encontra. Existem diversas
abordagens, algumas muito melhor embasadas cientificamente que outras.
Pais insatisfeitos com os resultados
Em crianças pequenas, a prioridade do tratamento normalmente é o
desenvolvimento da fala, da interação social/linguagem, [[educação
especial]] e suporte familiar. Já com adolescentes, o tratamento é
voltado para o desenvolvimento de habilidades sociais necessários para
uma boa adaptação, desenvolvimento de habilidades profissionais
(terapia ocupacional) e terapia para desenvolvimento de uma sexualidade
saudável. Com adultos, o foco está no desenvolvimento da autonomia,
ensino de regras para uma boa convivência social e manutenção das
habilidades aprendidas.
De um modo geral o tratamento tem 4 objetivos:
    1 Estimular o desenvolvimento social e comunicativo;
    2 Aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
3 Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o
acesso às oportunidades de experiências do cotidiano; e
    4 Ajudar as famílias a lidarem com o autismo.

Os indivíduos com autismo têm uma expectativa de longevidade normal,
porém sua agressividade, dificuldade de pedir ajuda e dificuldade em
obedecer regras podem ser perigosos. Algumas formas de autismo grave
exigem acompanhamento pelo resto da vida para evitar situações de risco.
O autismo é um transtorno nunca desaparece completamente, porém com os
cuidados adequados o indivíduo se torna cada vez mais adaptado
socialmente. Intervenções apropriadas iniciadas precocemente podem fazer
com que alguns indivíduos melhorem de tal forma que os traços autísticos
ficam imperceptíveis para aqueles que não conheceram a trajetória
desenvolvimental desses indivíduos. O diagnóstico precoce do autismo
permite a indicação antecipada de tratamento.
Um tratamento adequado deve levar em consideração as comorbidades (ou
seja, outros transtornos associados a cada caso) para a realização de
atendimento apropriado em função das características particulares do
indivíduo. Exemplos de comorbidades incluem Transtorno
obsessivo-compulsivo e problemas de aprendizagem.
A terapêutica pressupõe uma equipe multi e interdisciplinar
tratamento médico ( pediatria e psiquiatria ) e tratamento não-médico
(psicologia , fonoaudiologia , pedagogia e terapia ocupacional ),
profissionalizante e inclusão social, uma vez que a intervenção
apropriada resulta em considerável melhora no prognóstico.
O sucesso do tratamento depende não só do empenho e qualificação dos
profissionais que se dedicam ao atendimento destes indivíduos, como
também dos estímulos feitos pelos cuidadores no ambiente familiar.
Quanto mais os cuidadores souberem sobre o tratamento do autismo, melhor
para o desenvolvimento global da criança. Dentre os fatores mais
importantes para o prognóstico do funcionamento social geral e
desempenho escolar destacam-se o nível cognitivo da criança, o grau de
desenvolvimento na linguagem e o desenvolvimento de habilidades
adaptativas, como as de auto-cuidado.
A demora no processo de diagnóstico e aceitação é prejudicial ao
tratamento, uma vez que a identificação precoce deste transtorno global
do desenvolvimento permite um encaminhamento adequado e influencia
significativamente na evolução da criança.
Os atendimentos precoces e intensivos podem fazer uma diferença
importante no prognóstico do autismo.
O quadro de autismo não é estático, alguns sintomas modificam-se, outros
podem amenizar-se e vir a desaparecer, porém novas características
poderão surgir com a evolução do indivíduo. É aconselhável avaliações
sistemáticas e periódicas.
[ editar ] Analise do Comportamento Aplicada (ABA)
Um dos tratamentos mais populares, eficazes e sem prejuízos é o ABA.
ABA é uma sigla que significa, Analysis of behavior applied, que em
português significa, Análise do Comportamento Aplicada. Análise do
Comportamento Aplicada é uma área de pesquisa de novas tecnologias
embasadas na psicologia comportamental, sendo uma delas o tratamento do
autismo. Essa eficácia levou a uma legislação que obriga os serviços de
saúde americanos, que utilizam terapias baseadas em evidências, a
disponibilizarem esse tratamento.
Dentre as técnicas da terapia analítico-comportamental utilizadas
incluem: Procedimentos de treino incidental, análises de tarefas,
encadeamento , tentativas instrucionais embutidas em atividades e treino
de tentativas discretas

Um comentário:

dorinnha disse...

oi fernanda. eu adorei esse texto, que nos ensina pra caramba. muito bom post. bom quando vc tiver um tempo, olhe seus e-mails. na serta os dois últimos que eu te mandei, vam te dar uma resposta sobre o que tanto te atormentou.