quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Respingos de amor.

respingos de amor O que aconteciria conosco, caso não existisse a esperança? Será que conseguíriamos viver um só dia sem a imaginação? O sonho nos traz esperança, conforto, mas, também sofrimento e ansiedade. Porém, será que existe mesmo um só ser humano que viva apenas o presente durante todo o tempo, que seja lógico sem um respingo de amor? O universo nos mostra uma lógica matemática, no entanto um imenso amor somente pela sua existência. Será que não devemos agradecer por todos os momentos? Por outro lado, o que ganhámos, caso soframos antecipadamente, caso não agradeçamos, caso nos coloquemos numa situação sempre a frente do outro? Nossa justiça é extremamente falha, por mais que tetemos equilibrá-la. Ela funciona para todos nós, porém, diferentemente para cada um de nós. A justiça Superior, é correta, caso observemos e compreendamos seu propósito. Mas, porque temos que ganharmos sempre? Porque nossa vaidade, tenhamos consciência ou não, está sempre camufladamente tentando saltar para fora, e convidando-nos para competirmos? Seja apenas numa conversa amistosa, seja numa profissão, seja num encontro de vizinhos, seja no meio de uma multidão, seja no poder, seja no meio dos miseráveis, temos que ser o que mais aparece, o que se destaca, o que sabe mais, o que fala e escreve bem, o que entende das leis, o que detém mais conhecimento, o que é superior, o que tem mais, o que tem o melhor? Será que existe algum ser humano que se satisfaz sempre com o segundo lugar? O que ficou com a medalha de prata? Acho que se realmente parássemos para refletirmos sobre essas questões, teríamos, pelo menos consciência do que somos. A história nos traz o passado, mas somente uma crença nos traz o futuro. Cada um de nós pode pensar o que quiser, porém, somente quem sente uma Força Maior e invísivel, ou seja, a fé, tem a certeza de um futuro. A vida é uma parábola. Cada um tem a sua verdade, mas, existe um ponto de convergência, que somente se explica por si só. As ciências explicam as diversas áreas, mas para além dessas ciências existe algo, que nenhum de nós podemos ver. Podemos sentir e obedecer a Força natural dos acontecimentos. Ninguem é totalmente autosuficiente para determinar todos os acontecimentos em todos os momentos. Caso assim fosse, não haveria um perdedor numa batalha. Quem nos ensinou que somente o vencedor é merecedor de elogios? Caso reflitarmos, o ganhador somente é vitorioso, porque existe o perdedor, sem esse, o ganhador não seria nada. Acontece que somente vemos um lado da moeda. Para que possamos ver o outro lado, é preciso que tenhámos o trabalho de viramos a moeda, e esse esforço, nem sempre , ou na maioria das vezes não desejamos executá-lo. Nossa tendência é sempre o melhor, o que exige menos esforço, o que nos traz bem estar, o que faz feliz. Até mesmo aquele ser humano que pensa na felicidade do outro, se beneficia também com essa felicidade passageira. Para que nascemos, crescemos, buscamos sempre o ter, e tudo se vai? Porque sempre pensamos que somos, e não o que estamos? Eu também sou assim. Todos nós seres humanos somos assim. E mesmo que não adimitamos, somos, ou pelo menos estamos dessa forma aqui no mundo. Todos nós, de uma forma ou de outra, desejamos uma falsa felicidade no presente, e o que importa é somente o presente. E aí alguém diz: somente existe o presente. Mas, o passado, pelo menos já existiu. Enfim, outro pensa: desse modo o futuro também acontecerá, seja da maneira que for, ele já existe também, somente não o conhecemos. Mas, será mesmo que não temos nem uma esperança, nenhuma imaginação do que seja o futuro? Volto a repetir: é apenas uma questão de crença. Sentimos, e isso basta. A Luz real não está no exterior, caso assim fosse, os cegos não se adaptariam ao não ver, e por outro lado, cada pessoa cega não teria a sua própria experiência. O escuro pode ser claro, como também, o claro pode ser escuro. A Luz verdadeira, nunca se apaga. Ela se manifesta de várias maneiras. Basta atentarmos ao nosso redor, e veremos a Luz de todas as coisas.

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